o Novo Horizonte da Beleza Personalizada

o Novo Horizonte da Beleza Personalizada

Novidades Forbes

Acessibilidade








Hoje, não basta oferecer soluções rápidas ou “milagrosas” – o mercado exige autenticidade, ciência e respeito pela individualidade. Nos últimos anos, a indústria da estética foi longe demais no uso de injetáveis, com procedimentos realizados por profissionais não capacitados, padronizando estereótipos e gerando complicações – físicas e psicológicas. Muitos pacientes começaram a não se reconhecer, com quadros de depressão e outras complicações. Além disso, ficou claro que preenchedores, como o ácido hialurônico, não são totalmente reabsorvíveis, causando reações inflamatórias crônicas. Por isso, a indústria colocou o pé no freio.

Surgiu, então, uma maior valorização do uso de tecnologias para estimular a regeneração da pele e promover melhora da saúde cutânea como pilar do tratamento do rejuvenescimento, ficando o uso dos injetáveis como complementar e mais consciente. Esse movimento, que sempre defendi, valoriza a beleza natural, a prevenção e o bem-estar do paciente.

Empresas como a Allergan, tradicionalmente reconhecida pelos injetáveis, como Botox e Juvederm, entenderam esse mercado e abriram portas para tecnologias revolucionárias, com as plataformas de laser e ultrassom da Lutronic.

Em vez de criar um ideal homogêneo, os avanços de hoje promovem uma estética que celebra a autenticidade e respeita as diferenças. Não se trata apenas de soluções eficazes; trata-se de valorizar o indivíduo de forma responsável. Startups como a SkinIQ e a NextGen Derm, focadas em personalização e inteligência artificial, seguem esse ideal, elevando o conceito de saúde e beleza para algo mais profundo e duradouro.

Por outro lado, empresas como a Galderma, líder no mercado mundial de injetáveis, traz novas abordagens e técnicas mais adequadas, buscando alcançar resultados naturais com o uso correto dos injetáveis. As tecnologias como os lasers fracionados e a radiofrequência microagulhada são disruptivas e consideradas padrão-ouro para um rejuvenescimento natural e visível, sem transformar a essência do paciente.

Um outro exemplo de tendência do mercado é o DermaSensor, dispositivo que utiliza inteligência artificial no diagnóstico do câncer de pele. Desenvolvido por pesquisadores e aprovado pelo FDA, o método analisa padrões das lesões cutâneas para identificar possíveis sinais de malignidade, oferecendo um suporte tecnológico promissor. Tais tecnologias são complementares e não substituem a avaliação de um dermatologista.

Portanto, a verdadeira inovação considera o impacto além do espelho, promovendo práticas sustentáveis e éticas baseadas na saúde. O uso de ativos naturais e de terapia celular são alternativas que elevam o mercado de saúde e estética, de modo a promover um novo padrão de autocuidado responsável.

Celebrar essas inovações é lembrar que o verdadeiro poder da estética e da dermatologia está em reconhecer o valor único de cada pessoa. Essa revolução transforma pele e autoestima, promovendo uma beleza que não é imposta, mas revelada – uma estética que honra a integridade e a saúde.

Dra. Letícia Nanci é médica do Hospital Sírio-Libanês, médica responsável pela Clínica Dermatológica Letícia Nanci; membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD); da American Academy of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores. 

Coluna publicada na edição 125 da revista Forbes, em novembro de 2024.

Fonte Original

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *