Naturalidade, ciência e personalização

Naturalidade, ciência e personalização

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Alex Tihonov/Getty Images

Enquanto as gerações anteriores se perdiam em rotinas complexas e produtos em excesso, a nova filosofia é minimalista e funcional

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As gerações mais jovens estão rompendo com paradigmas tradicionais, ao redefinir o envelhecimento e reformular os padrões de beleza em um mundo hiperconectado. Pesquisas recentes indicam que a nova geração prioriza tratamentos preventivos e personalizados, conectando autocuidado a avanços tecnológicos de forma significativa. Um levantamento da Sociedade Brasileira de Dermatologia revelou o aumento no interesse por procedimentos que integram tecnologia e saúde, como diagnósticos por inteligência artificial.

Nova filosofia

Esqueça os clichês de “lutar contra o tempo”. Hoje, o envelhecimento é visto como um processo a ser compreendido e respeitado. O gerenciamento do envelhecimento é o novo glamour: rotinas personalizadas, aliados tecnológicos que estimulam a regeneração celular, promovem a prevenção e rejuvenescimento saudável com melhora da firmeza da pele traduzem uma abordagem natural.

Tecnologias modernas podem aquecer camadas profundas da pele sem danificá-la na sua superfície, para estimular o colágeno e a elastina, enquanto diagnósticos avançados permitem ajustes precisos nas rotinas de cuidados. Produtos e tratamentos agora são escolhidos não pela promessa de resultados rápidos, mas por oferecerem benefícios duradouros para a saúde da pele.

Essa geração busca não só tratar linhas de expressão, mas também entender o impacto do sono, da alimentação e das rotinas digitais na pele. Estudos indicam que a integração dessas práticas com tecnologias de última geração oferece soluções eficazes e acessíveis, respeitando a individualidade de cada paciente.

Skincare consciente

Enquanto as gerações anteriores se perdiam em rotinas complexas e produtos em excesso, a nova filosofia é minimalista e funcional. Produtos que combinam hidratação, proteção solar e ingredientes ativos são exemplos dessa tendência.

Além disso, práticas como o skin cycling simplificam as rotinas, alternando dias de uso de ativos potentes e recuperação, garantindo eficiência sem sobrecarregar a pele. Essa geração valoriza produtos multifuncionais, ingredientes naturais e a transparência das marcas sobre os impactos ambientais e éticos de suas produções.

Produtos simplificados e rotinas bem orientadas frequentemente oferecem resultados comparáveis ou superiores aos de tratamentos complexos. Ao focar no essencial, esses consumidores mostram que o cuidado com a pele é tanto uma prática de autocuidado quanto um ato de responsabilidade com o planeta.

Ciência e cultura pop

A geração conectada abraçou o papel da ciência como um alicerce para a educação em beleza. Jovens cientistas e dermatologistas estão conquistando espaço ao traduzirem pesquisas e tratamentos em conteúdo viral. O impacto é claro: educação acessível e empoderamento do consumidor para tomar decisões informadas.

A integração entre cultura pop e ciência também deu origem a uma nova visão: a de que beleza não é apenas superficial, mas também uma expressão de identidade e bem-estar. Essa combinação única está moldando o mercado, empurrando indústrias a serem mais inclusivas, sustentáveis e cientificamente embasadas.

A geração que está moldando os novos padrões de beleza não é apenas consumidora, mas também criadora de tendências. Movida por tecnologia, ciência e cultura pop, ela coloca a individualidade como o foco central da estética. Essa evolução reflete não apenas uma busca por resultados visuais, mas também por um bem-estar profundo e por práticas sustentáveis.

Neste cenário, o futuro da dermatologia é uma interseção entre inovação tecnológica, personalização e respeito pela pluralidade, sempre com a ciência como guia. Afinal, a beleza do futuro é mais do que aparência: é conexão, consciência e revolução.

Dra. Letícia Nanci é médica do Hospital Sírio-Libanês, médica responsável pela Clínica Dermatológica Letícia Nanci; membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD); da American Academy of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores. 

Coluna publicada na edição 126 da revista Forbes, em dezembro de 2024.

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